Banda islandesa pode ser punida por mostrar bandeira palestina durante Eurovisão em Israel

Madonna, que atuou na final da Eurovisão como uma das estrelas convidadas do evento, também foi criticada depois que dois de seus dançarinos foram vistos envoltos em bandeiras israelenses e palestinas.
Sputnik

Os organizadores do 64º Festival Eurovisão da Canção alertaram que os participantes da Islândia podem ser punidos por “exibir brevemente” uma bandeira palestina durante a transmissão ao vivo da grande final do evento, que aconteceu ontem em Tel-Aviv.

Faixas com as cores da bandeira palestina foram exibidos por membros do Hatari, um trio punk islandês, no momento em que sua pontuação no televoto era anunciada. A banda terminou a competição na décima posição.

“O Festival Eurovisão da Canção não é um evento político e isso contradiz diretamente as regras do concurso. As bandeiras foram rapidamente removidas e as consequências dessa ação serão discutidas pelo Grupo de Referência (o conselho executivo da Eurovisão) após o Concurso”, disseram os organizadores em um comunicado.

O grupo Hatari é apoiador da tática conhecida como BDS (boicote, desenvestimento e sanções) a Israel e chegou a desafiar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a uma "partida amistosa" de luta livre.

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Se apresentando como artista convidada na final do evento (e ao custo de US$ 1 milhão), a cantora americana Madonna também foi criticada pelos organizadores. Durante sua apresentação, dois bailarinos da cantora usavam bandeiras israelenses e palestinas nas costas. De mãos dadas, ambos pulavam em direção ao abismo cenográfico montado no palco, procedidos das palavras WAKE UP (Acordem) em inglês no telão.

Os organizadores da Eurovisão disseram que o protesto da cantora “não fazia parte dos ensaios acordados com a EBU [União Europeia de Radiodifusão, dona do formato] e a emissora anfitriã KAN”. Eles também ressaltaram que Madonna "foi informada" do fato de que "o Festival Eurovisão da Canção é um evento não-político".

Desde a vitória de Israel na edição realizada em Lisboa no ano passado, grupos pró-palestinos conclamaram Madonna e outras estrelas convidadas a não participarem do concurso Eurovisão. Tradicionalmente, o vencedor leva para seu país o evento.

Em 2019, o troféu foi outorgado ao holandês Duncan Laurence, encerrando um jejum de vitórias que durou 44 anos ao país. Em segundo lugar ficou o italiano Mahmood, seguido da estrela russa, Sergei Lazarev.

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