Policiais agridem correspondente da Sputnik no Sudão e quebram equipamento

Um correspondente da Sputnik foi agredido nesta quarta-feira pelos policiais militares no Sudão, enquanto cobria a situação no país. Além da agressão, os policiais quebraram o equipamento de filmagem do jornalista.
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Durante os confrontos ocorridos nas proximidades do quartel-general militar em Cartum, na capital do Sudão, pelo menos seis pessoas morreram. Soldados dispararam contra manifestantes, que exigiam do Conselho Militar de Transição a transferência das sua atribuições para um governo provisório e civil, informou o jornal Sudan Tribune.

Durante a cobertura da cituação na cidade,  o correspondente da Sputnik no Sudão, Mohamad Al Fatih, foi agredido pela polícia.

"Na quarta-feira, às 2:30 da tarde [horário local, 12:30 GMT], quando eu estava relatando a situação em Cartum, no meio da ponte Mek Nimr, a polícia militar das unidades de emergência me bateu na cabeça e no torso com bastões", disse o correspondente.

Segundo o jornalista, a polícia estava derrubando barricadas posicionadas na ponte.

"Um dos soldados pegou meu celular, jogou no chão e quebrou… enquanto outro grupo de cinco militares bateu com o bastão na minha cabeça e tronco, embora eu tenha dito a eles que era jornalista e relatava a situação a pedido da redação", disse Fatih.

Protestos contra o governo no Sudão culminaram em um golpe militar, em 11 de abril. O Conselho Militar de Transição do Sudão assumiu ao poder e prometeu realizar uma nova eleição dentro de dois anos. O presidente Bashir, que esteve no poder por 30 anos, foi destituído e depois preso. No entanto, os protestos continuaram.

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