EUA apoiam Israel para serem 'donos' do Oriente Médio, diz diplomata palestino

Os EUA apoiam Israel porque querem "controlar" o Oriente Médio e não se importam em cometer crimes contra a humanidade, afirmou o embaixador da Palestina no Uruguai, Walid Abdel Rahim, à Sputnik nesta terça-feira.
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"Os EUA apoiam Israel, pois querem se tornar donos do Oriente Médio, eles querem controlar tudo e querem Israel como sua mão na região [...] o Sr. Trump pensa que pode conseguir o que ele quer com a pressão sobre os palestinos e países árabes, não se importa em cometer crimes contra a humanidade", disse Rahim.

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Em 14 de maio de 2018, os Estados Unidos transferiram oficialmente sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, em meio a protestos maciços dos palestinos. Essa decisão gerou o ressurgimento das relações entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina.

O último relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) afirmou em 27 de dezembro de 2018 que a agressão do Exército israelense deixou 29.718 palestinos feridos e 295 mortos.

Rahim comentou que a decisão dos EUA de transferir sua embaixada violou o direito internacional, porque essa cidade é um "território ocupado" pelos israelenses desde 1967, conforme indicado pelas resoluções das Nações Unidas.

"Eles estão planejando aniquiliar o povo palestino e, assim, colocar o Oriente Médio sob a tutela e controle militar norte-americano e israelense [...] toda sexta-feira em que o povo palestino reivindica o seu direito de voltar matam umas 40 pessoas", acrescentou.

No entanto, as decisões de Trump não vão impedir os palestinos, disse o embaixador.

"A força da luta da Palestina é a justiça, temos 140 países que reconhecem o Estado palestino e que não gosta de Trump, que criou um grupo de contrabandistas de armas para matar civis, nossa força e nossas armas são leis internacionais e resoluções das Nações Unidas", complementou.

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O diplomata pontuou que a Rússia tem sido um "importante aliado" para a Palestina, uma vez que sempre fez esforços em favor da conciliação.

No final de 2017, Trump anunciou que os Estados Unidos reconheceram oficialmente Jerusalém como a capital de Israel e transferiram sua embaixada para lá. Esta decisão provocou críticas severas por parte da comunidade internacional.

No entanto, Austrália, Guatemala, República Tcheca, Brasil e Paraguai se curvaram ao reconhecimento de Jerusalém. O Paraguai, após uma mudança de governo, reverteu a decisão.

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