Esqueça asteroides mortíferos: mineração espacial pode ser próxima vilã da humanidade

Cientistas alertam que o impulso da mineração no espaço pode representar uma grande ameaça para o futuro da vida na Terra.
Sputnik

Nos últimos anos, empresas de mineração espacial se concentraram em recursos naturais valiosos (como ferro, ouro, platina e água) presos em asteroides e planetas rochosos nas proximidades, reporta The Guardian.

Os pesquisadores afirmam que, a menos que preservemos nosso Sistema Solar da exploração industrial, corremos o risco de esgotar permanentemente todos os recursos ao alcance humano.

"Se não pensarmos nisso agora, seguiremos em frente como sempre fizemos, e em poucas centenas de anos enfrentaremos uma crise extrema, muito pior do que temos agora na Terra […] Uma vez explorado o Sistema Solar, não há para onde ir", disse Martin Elvis, astrofísico sênior do Observatório Astrofísico de Smithsonian em Cambridge (EUA).

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Analisando a rapidez com que os humanos poderiam utilizar os recursos mais acessíveis da Via Láctea, caso a mineração espacial decolasse, descobriu-se que a taxa de crescimento anual de 3,5% consumiria um oitavo dos recursos realistas do Sistema Solar em 400 anos – o que significa que a humanidade teria apenas 60 anos para controlar a atividade de mineração para evitar esgotar completamente a oferta.

Segundo informa a matéria, os cientistas pedem que 85% do Sistema Solar sejam colocados fora dos limites do desenvolvimento humano, deixando pouco mais de um oitavo para a mineração espacial. Porém, proteger a Via Láctea da indústria de mineração espacial pode ser problemático.

"Se tudo correr bem, podemos estar enviando nossas primeiras missões de mineração para o espaço em 10 anos […] Uma vez que ela começa e alguém faz um lucro enorme, haverá o equivalente a uma corrida ao ouro. Precisamos levá-la a sério", concluiu Elvis.

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