Acidente com F-35 foi causado por defeito de fabricação, diz relatório

Um acidente de setembro de 2018 envolvendo um jato F-35B nos EUA foi causado por um defeito de fábrica em um tubo de combustível fabricado por uma empresa contratada pela United Technologies, de acordo com um relatório oficial do governo.
Sputnik

O documento publicado pelos Escritório Governamental de Contabilidade (GAO, na sigla em inglês), relatou a um comitê do Congresso esta semana "que uma investigação determinou um defeito de fabricação causou a ruptura de um cabo de combustível durante o voo, resultando em perda de força no motor".

"O escritório do programa relatou que identificou 117 aeronaves com o mesmo tipo de cabos de combustível que precisam ser substituídos", afirma o relatório.

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O relatório identificou o "controle de qualidade e entregas de radares como os principais riscos do programa", ressaltando que o contratante está colaborando com o fornecedor para resolver a questão "através de processos de produção aperfeiçoados enquanto o programa chega à conclusão sobre as taxas de produção em outubro de 2019".

Os Estados Unidos suspenderam temporariamente as operações dos F-35 no mundo inteiro após o primeiro acidente com uma aeronave do programa, em 28 de setembro de 2018, no qual o piloto conseguiu ejetar antes da queda do avião. Nenhuma pessoa ficou ferida com o acidente.

Os jatos são fabricados pela empresa norte-americana Lockheed Martin, porém os motores são fabricados pela Pratt & Whitney, parte da United Technologies Corp.

O porta-voz da Pratt & Whitney declinou de comentar a questão, segundo publicou a agência Bloomberg.

Em agosto de 2018, a ONG Projeto de Vigilância sobre o Governo (POGO, na sigla em inglês) relatou que oficiais envolvidos no projeto do F-35 estariam escondendo falhas perigosas no programa ao invés de tentarem consertá-lo. Segundo a ONG, o objetivo dos oficiais era avançar sobre a fase de desenvolvimento do projeto.

O relatório da POGO ainda diz que algumas dessas falhas fariam com que o piloto da aeronave não tivesse como obter dados confiáveis antes de atirar. Além disso, problemas em peças da cauda do jato teriam sérias implicações na segurança e também no combate com a aeronave.

Segundo o próprio Pentágono, o programa tem diversas vulnerabilidades que não foram resolvidas, conforme reportou a Sputnik anteriormente.

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