Aviso aos EUA? Especialista revela objetivo do último teste de mísseis norte-coreano

O recente teste de armas conduzido por Pyongyang busca fazer Washington retomar as negociações, opina o diretor da Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN), Akira Kawasaki.
Sputnik

De acordo com o especialista, o lançamento deste tipo de armas não é proibido pela ONU.

Teste de mísseis efetuado pela Coreia do Norte em 4 de maio

"O lançamento de mísseis de curto alcance pela Coreia do Norte deve ser entendido como um sinal político para os EUA, para pressioná-los a tomar medidas concretas a fim de avançar nas negociações paralisadas", afirmou Kawasaki.

Kawasaki sugeriu que se trataria de um alerta de que "a inação continuada dos EUA poderia levar a Coreia do Norte a retomar os testes proibidos de mísseis de médio e longo alcance ou até mesmo de armas nucleares".

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Entretanto, o diretor afirmou que a retomada dos testes nucleares e de mísseis prejudicaria o já frágil progresso alcançado pelos presidentes dos dois países, Donald Trump e Kim Jong-un, no ano passado e poderia levar a um confronto militar.

Segundo Kawasaki, para resolver o problema na península coreana, ambos os países devem tomar medidas concretas, enquanto a comunidade internacional deve ajudar a promover o diálogo.

"É claro que endurecer as sanções não ajuda a resolver a situação", enfatizou.

Míssil de curto alcance lançado pelos militares norte-coreanos durante o último treinamento

No dia 4 de maio, a Coreia do Norte efetuou um treinamento de lançamento de mísseis.

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De acordo com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, o objetivo dos lançamentos de treinamento foi avaliar e verificar as propriedades operacionais, bem como a precisão das características de choque dos lançadores múltiplos de foguetes de grande calibre e das armas táticas guiadas.

Segundo comunicou a agência KCNA, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, esteve presente e observou a realização do treinamento.

A Coreia do Norte estabeleceu uma moratória aos testes de mísseis desde 2018 em meio à aproximação entre Pyongyang, Seul e Washington.

Em 28 de fevereiro, a última rodada de negociações entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos EUA, Donald Trump, que ocorreu na cidade de Hanói (Vietnã), terminou sem qualquer acordo.

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