Notícias do Brasil

Macri quer parceria com oposição para combater crise na Argentina

O governo argentino do presidente Mauricio Macri propôs à oposição que participe de um acordo para implementar 10 medidas de políticas públicas no país. O aceno tem como foco principal os pré-candidatos presidenciais do bloco Alternativa Federal, de peronistas e kirchneristas.
Sputnik

A iniciativa que busca combater a crise econômica no país foi apoiada pela União Cívica Radical (UCR), aliada de Macri.

Bolsonaro diz que a eleição de Cristina Kirchner tornaria a Argentina uma nova Venezuela
Entre os pontos das medidas propostas estão o equilíbrio fiscal, um Banco Central independente, uma maior integração com o mundo, segurança jurídica, criação de empregos, redução de impostos, consolidação do sistema previdenciário, apoio ao sistema federal, um sistema de estatísticas confiável e compromisso com os credores.

Quem também se manifestou a favor das medidas foi o senador Miguel Ángel Pichetto, presidente do Bloco Justicialista. "O governo deveria convocar um grande acordo com todos os opositores, durante muito tempos não quiseram dialogar, apesar das oportunidades que se apresentaram", enfatizou o senador em sua conta no Twitter.

​O deputado Sérgio Massa, líder peronista do Frente Renovador, também afirmou na semana passada que a coalizão do governo deveria convocar todas as forças de oposição para enfrentar a crise econômica que o país atravessa.

"Não se deve brincar com as expectativas do povo", diz opositor

O possível presidenciável e ex-ministro da Economia, Roberto Lavagna, desdenhou da proposta do poder Executivo. Ele argumentou que os pontos propostos sequer mencionam o crescimento econômico do país.

Pesquisa eleitoral mostra Cristina Kirchner com 8 pontos de vantagem sobre Mauricio Macri
Lavagna acusou Macri de fracassar em sua política econômica e disse que "não se deve brincar com as expectativas do povo a partir de especulação política e manchetes de jornais".

As eleições na Argentina serão realizadas em 27 de outubro deste ano e tem como principais candidatos a ex-presidente Cristina Kirchner, líder das pesquisas, o atual presidente Maurício Macri, em segundo nas pesquisas, além do ex-ministro Roberto Lavagna, que figura em terceiro nas sondagens.

A liderança de Cristina Kirchner nas pesquisas refletiu na política brasileira. O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, demonstrou preocupação em vídeo divulgado por seu canal esta semana, afirmando que caso Kirchner volte ao poder a Argentina se tornaria uma "nova Venezuela".

Apesar das pesquisas, Macri é o único candidato que já anunciou suas intenções de disputar a presidência.

Comentar