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Lula ao El País: 'Tenho obsessão de desmascarar o Moro' (VÍDEO)

O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ter uma obsessão de "desmascarar o Moro, desmascarar o Dallagnol e sua turma", em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira ao jornal espanhol El País e à Folha na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Sputnik

O jornal espanhol El País e a Folha conseguiram entrevistar na manhã desta sexta-feira o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Em um vídeo, gravado pelo El País, Lula afirma que foi aconselhado a fugir do país antes de sua prisão, mas que optou por ficar para provar a sua inocência.

"Meu lugar é aqui. Tenho tanta obsessão de desmascarar o Moro, de desmascarar o Dallagnol e sua turma, e desmascarar aqueles que me condenaram, sabe, que eu ficarei preso 100 anos, mas eu não trocarei a minha dignidade pela minha liberdade", afirmou Lula em conversa com os jornalistas.

Lula afirmou que pretende provar a "farsa montada" contra ele pelas forças políticas no Brasil e pelo Departamento de Estado dos EUA. No entanto, o político disse não sentir raiva e afirmou que dorme com consciência limpa, ao contrário de Sérgio Moro.

Ele disse ser um "pernambucano teimoso" e que não vai se curvar às circunstâncias e que pretende sair da prisão de "cabeça erguida".

Lula no semiaberto pode influenciar a política no Brasil?
Lula está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão após ser condenado em 2ª instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em razão do caso do tríplex do Guarujá (SP).

Lula foi acusado pelo Ministério Público de receber um apartamento que teria sido pago e reformado com títulos de três contratos específicos firmados entre a Petrobras e a construtora OAS. No entanto, o juiz que o condenou, Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, reconheceu no processo que não encontrou nenhum valor dos contratos da Petrobras que teriam sido atribuídos a Lula.

O ex-presidente petista ainda tem cinco casos abertos de justiça.

O político de 73 anos deixou o cargo com aprovação de 80%, segundo as pesquisas na época.

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