NI: EUA são incapazes de concorrer com Rússia no Ártico

O Ártico está se tornando cada vez mais um foco de concorrência entre as principais potências do mundo. No entanto, os Estados Unidos estão absolutamente despreparados para defender seus interesses nessa região, escreve a revista The National Interest.
Sputnik

Segundo enfatiza a edição, os Estados Unidos não estão prontos para lutar pela região do Ártico. Ao norte do Círculo Polar Ártico, os militares dos EUA não têm nem uma grande base militar, nem aviões, nem grandes navios de guerra capazes de operar em condições de temperaturas muito baixas.

De alcance superlongo e propulsão anaeróbica: drone subaquático russo será testado em 2021
Além disso, observa a revista, a Marinha dos EUA tem à sua disposição apenas um quebra-gelo pesado, o Polar Star (Estrela Polar, em português), construído há 42 anos. E há três anos, o quebra-gelo quase naufragou após uma explosão do gerador. Os engenheiros conseguiram salvá-lo usando um kit de reparo de pranchas de surf. Ademais, no ano passado, essa embarcação mal conseguiu evitar um desastre quando a água começou a inundar o navio.

"Os militares dos EUA estão tão mal equipados para missões polares que suscitam o desprezo por parte dos especialistas militares russos", lê-se no artigo publicado na revista.

Entretanto, ressalta o autor, o governo dos EUA continua ignorando o estado deplorável de seus quebra-gelos. Em particular, em 2018, o Senado alocou US$ 750 milhões (R$ 2,88 bilhões) para melhorar a frota do Ártico, mas depois esses fundos foram redirecionados para a construção do muro na fronteira com o México.

Rússia desenvolve novos planos petrolíferos no Ártico
Ao mesmo tempo, a Rússia já está se preparando ativamente para defender seus interesses no Ártico. As Forças Armadas russas receberam os submarinos mais avançados, bem como aviões e tanques adaptados às condições árticas. Ademais, a Rússia tem uma poderosa frota que conta com 40 quebra-gelos, e logo planeja criar navios de guerra capazes de navegar nos mares gelados e transportar mísseis de cruzeiro.

Tudo isso contribui para fortalecer a posição da Rússia no Ártico, bem como apoiar as novas atividades comerciais na região e defender a Zona Econômica Exclusiva da Rússia, enquanto os EUA só perdem tempo sem perceber a importância desses territórios ricos em diversos recursos, concluiu o autor.

Comentar