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10 militares envolvidos em fuzilamento no RJ são presos; porta-voz de Bolsonaro comenta

O Comando Militar do Leste anunciou nesta segunda-feira (8) que 10 dos 12 militares que participaram da ação que metralhou e matou Evaldo Rosa dos Santos, de 51 anos, foram afastados e presos em flagrante.
Sputnik

No domingo, os militares atiraram 80 vezes contra o carro do músico Evaldo Rosa dos Santos. A esposa da Evaldo, seu filho, uma afiliada e o seu sogro, Sérgio Gonçalves de Araújo, estavam no veículo. Sérgio foi ferido por um tiro. Eles estavam a caminho de um chá de bebê.

Segundo o Comando Militar do Leste, houve uma "inconsistências dos fatos reportados". No domingo, o Exército havia afirmado que os militares reagiram a "injusta agressão".

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Os envolvidos que participaram da ação serão julgados pela justiça militar. Desde 2017, militares que cometem crimes no exercício da função não são mais julgados pela justiça comum. A mudança ocorreu após o então presidente Michel Temer sancionar a lei 13.491.

A esposa de Evaldo, Luciana dos Santos Nogueira, disse que os militares não ajudaram no socorro do músico e "ficaram de deboche".

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) não comentou o caso. Já o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio do Rêgo Barros, falou sobre o assunto:

"Ele [Bolsonaro] não comentou, mas confia na Justiça Militar, nos esclarecimentos que o Exército dará por meio do inquérito e espera que eventos de igual similitude não venham a ocorrer." 

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