Cientistas desvendam segredo do misterioso exército de Terracota

Embora os guerreiros de Terracota tenham sido sepultados nos anos 210-209 a.C., as lâminas de suas espadas, lanças e pontas de suas flechas permanecem afiadas e brilhantes. Um grupo de cientistas tem duas novas hipóteses que poderiam explicar o enigma de sua boa preservação.
Sputnik

Por muitos anos, os cientistas acreditavam que os armeiros da China Antiga cobriam as armas dos guerreiros de Terracota com uma camada protetora que continha cromo. Eles chegaram a essa conclusão quando descobriram a presença de cromo em várias lâminas de suas espadas.

Entretanto, um grupo de cientistas chineses e britânicos analisou 464 armas e encontrou cromo em apenas 37 delas. Segundo eles, esse número é muito pequeno para sustentar a hipótese que era o cromo que protegia as armas contra a corrosão.

O professor Marcos Martinón-Torres, da Universidade de Cambridge (Reino Unido), e seus colegas consideram que é possível que a boa preservação se deva aos altos níveis de estanho contidos nas armas.

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Além disso, a natureza do solo do planalto de Loes, onde os guerreiros de Terracota foram enterrados, também contribuiu para a sua preservação. Acontece que seu solo tem um pH moderadamente alto, partículas de tamanho pequeno, com baixa aeração e conteúdo orgânico. Todas essas características travam os processos de corrosão, revelou o estudo publicado na revista Nature.

Os guerreiros de Terracota são um conjunto de mais de 8.000 figuras de soldados e cavalos que foram enterrados perto do primeiro autoproclamado imperador da China, Qin Shihuang. Sua descoberta ocorreu em 1974, durante a realização de obras de abastecimento de água. Atualmente, os guerreiros de Terracota estão conservados no Mausoléu de Qin Shihuang.

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