Cientistas descobrem 'superbactéria' capaz de teoricamente sobreviver em Marte

Uma equipe de investigadores da Universidade Estatal de Tomsk (TSU) descobriu em águas subterrâneas uma bactéria que pode sobreviver sem oxigênio e sem luz do Sol, acreditando-se que, teoricamente, é capaz de sobreviver em Marte.
Sputnik

"Microbiólogos da TSU encontraram pela primeira vez a bactéria Desulforudis audaxviator em águas subterrâneas nas profundezas da Terra", informou a universidade em comunicado.

A universidade notou que cientistas de muitos países há mais de 10 anos que tentavam encontrar a bactéria.

"O enorme interesse se deve à capacidade do microrganismo de obter energia na ausência de oxigênio e na completa escuridão. Teoricamente, isso pode demostrar que a existência de vida em outro planeta é possível, por exemplo, em Marte'', enfatizou a TSU.

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Olga Karnachuk, chefe do departamento de fisiologia vegetal e biotecnologia da Universidade, informou que há mais de dez anos investigadores dos EUA encontraram ADN de bactérias a uma profundidade de 2,8 quilômetros em uma mina de ouro na África do Sul.

"Até há pouco tempo se considerava que a existência de vida nestas condições era impossível, já que, sem luz, a fotossíntese não se produz, um processo fundamental em todas as cadeias alimentares. No entanto resultou que esta hipótese estava errada", sublinhou a investigadora.

Na TSU salientaram que, após a publicação do artigo dos cientistas norte-americanos na revista Science, investigadores de diversos países iniciaram a procura da bactéria.

Os cientistas russos foram os primeiros a descobrir a Desulforudis audaxviator em águas subterrâneas de uma fonte termal situada na floresta siberiana perto da cidade de Tomsk.

A Desulforudis audaxviator é uma das mais antigas bactérias que habitam o nosso planeta, sendo caracterizada por conseguir sobreviver sem oxigênio e obter energia a partir de sulfatos e oxidação de hidrogênio ou de componentes orgânicos.

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