Banco americano Citigroup planeja vender ouro venezuelano em outro golpe contra Maduro

O banco Citigroup planeja vender várias toneladas de ouro dadas como garantia pelo Banco Central da Venezuela após Caracas não ter cumprido o prazo de pagamento de uma parcela do empréstimo, informou a Reuters.
Sputnik

Segundo o acordo de financiamento de 2015 entre o grupo financeiro americano Citibank, sediado em Nova York, e a Venezuela, se Caracas não tem dinheiro para pagar a dívida, uma parte de suas reservas de ouro é convertida em dinheiro; Caracas deveria pagar 1,1 bilhão de dólares do empréstimo em 11 de março de 2019 e o resto no próximo ano.

Maduro acusa Trump de 'sequestrar' 5 bilhões de dólares destinados a medicamentos
De acordo com fontes da agência Reuters, o banco americano vai vender parte do ouro da garantia no valor de 1,36 bilhões de dólares para recuperar a primeira parcela do empréstimo.

Além disso, o Citibank depositará o excesso de cerca de 258 milhões de dólares em uma conta bancária em Nova York que ficará fora do alcance do presidente Nicolás Maduro, afirmaram fontes.

"Foi dito ao Citibank que houve um evento de força maior na Venezuela, de modo que era necessário um período de carência, mas eles não o concederam", disse à Reuters uma das fontes, que pertence à equipe de Juan Guaidó.

Uma fonte no governo venezuelano adiantou à Reuters que o Banco Central venezuelano não transferiu o dinheiro ao Citibank neste mês. Nem o Citigroup nem o Banco Central da Venezuela ainda comentaram a informação.

Maduro denuncia: enviado de Guaidó ocupa propriedades da Venezuela nos EUA
A Reuters informou que essa situação representa mais um golpe contra o governo de Maduro e para a situação do país em geral, agravada pelas sanções impostas pelos EUA.

A tensão política na Venezuela aumentou desde que, em 23 de janeiro, o opositotor Juan Guaidó se declarou presidente interino do país.

Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como chefe de Estado interino do país, enquanto a Rússia, China e muitos outros países manifestaram apoio a Maduro como presidente legítimo do país e exigiram que seja respeitado o princípio de não interferência nos assuntos internos do país latino-americano.

Comentar