Maduro denuncia: enviado de Guaidó ocupa propriedades da Venezuela nos EUA

O embaixador venezuelano nos EUA indicado pelo líder da oposição, Juan Guaidó, disse nesta segunda-feira que assumiu o controle de três propriedades diplomáticas venezuelanas nos Estados Unidos, um ato condenado pelo governo de Nicolás Maduro.
Sputnik

Carlos Vecchio, nomeado pelo autodeclarado presidente Guaidó, entrou em dois edifícios militares venezuelanos em Washington — enquanto o ministro de assessoria Gustavo Marcano assumiu o controle do consulado em Nova York.

Rússia enviará outro pacote de ajuda técnica à Venezuela

"Estamos recuperando e protegendo os bens do povo venezuelano para impedir que o regime usurpador continue a roubá-los e destruí-los como nos últimos 20 anos", afirmou Vecchio.

O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, que é leal ao presidente Nicolás Maduro, denunciou a "ocupação forçada e ilegal".

Em uma declaração no Twitter, o governo venezuelano classificou a ação como "uma violação extremamente séria das obrigações internacionais do governo dos EUA", e ameaçou tomar medidas recíprocas na Venezuela.

O embaixador destacou que nos próximos dias sua missão tomaria posse da embaixada venezuelana, embora suas contas estejam congeladas.

Uma fonte próxima a Vecchio disse que a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, teria que aprovar seu uso.

Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA confirmou que o governo do presidente Donald Trump — que reconhece a autoridade de Guaidó junto com outros 50 países — apoiou a decisão.

Guaidó diz ter assumido o controle sobre subsidiária americana da petroleira PDVSA

"Este é um desenvolvimento bem-vindo para nossas relações bilaterais com a Venezuela […] A política dos EUA é apoiar a democracia na Venezuela, o presidente interino Guaidó e a Assembleia Nacional, que é a única instituição democraticamente eleita no país", disse o porta-voz à Agência AFP.

Vecchio acrescentou que o adido militar da Venezuela em Washington, o coronel José Luis Silva, permaneceria em sua posição.

Silva representou Maduro até 26 de janeiro, quando aproveitou a oferta de anistia de Guaidó para militares que rejeitam o governo socialista de Maduro.

Comentar