Chancelaria russa: blecaute na Venezuela foi provocado do exterior

Blecaute na Venezuela foi provocado do exterior, já que os organizadores do ataque à distância tinham conhecimento do equipamento das instalações produzido no Canadá, declarou a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Sputnik

"Nesta semana, um infortúnio sério chegou à Venezuela, levando a vida de cidadãos do país. Como a maioria dos infortúnios que atingiram a Venezuela independente nos últimos anos, este infortúnio chegou do exterior", afirmou a porta-voz.

Segundo dados do governo legítimo venezuelano liderado pelo presidente Nicolás Maduro, bem como de outras fontes confiáveis, "o setor energético da Venezuela enfrentou ataque do exterior, se tratando de ações complexas à distância ao sistema de manejo e controle das principais usinas de fornecimento de energia que possuíam equipamento instalado que foi produzido em um país ocidental, como entendi, no Canadá", ressaltou Maria Zakharova durante briefing.

De acordo com a porta-voz, todos os algoritmos de funcionamento e vulnerabilidades das instalações eram "de conhecimento dos organizadores diretos da agressão". Eles e os que encomendaram o ataque são responsáveis pela morte de pessoas, inclusive dos que ficaram sem eletricidade nos hospitais, ressaltou ela, expressando a esperança de que os responsáveis pelo blecaute sejam responsabilizados judicialmente.

A representante da chancelaria russa sublinhou que, caso especialistas russos sejam solicitados para investigar blecaute, o pedido "será considerado muito atenciosamente".

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O colapso energético na Venezuela ocorreu no dia 7 de março após um acidente na Hidrelétrica de Guri, responsável pelo fornecimento de 80% da energia ao país, como resultado de um ataque cibernético ao sistema de controle da usina, segundo o governo. O apagão durou até quarta-feira (13), atingindo 21 dos 23 estados do país.

Maduro responsabilizou os EUA pela guerra energética contra a Venezuela. Washington, por sua vez, negou qualquer tipo de participação. A Corpoelec, a companhia elétrica estatal venezuelana, chamou o incidente de "sabotagem" e episódio da guerra energética contra o país.

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