Possível impeachment de Poroshenko é anunciado por presidenciáveis na Ucrânia

Yulia Tymoshenko, líder do partido pró-Europa Batkivshchyna e candidata à presidência da Ucrânia, anunciou nesta terça-feira (26) que seu partido, ao lado de outros, abrirá processo de impeachment contra o presidente do país, Pyotr Poroshenko, após denúncias de fraudes de larga escola no setor de Defesa.
Sputnik

De acordo com uma reportagem publicada no site ucraniano de jornalismo investigativo Bihus.info, na segunda-feira (25), diversos oficiais ucranianos próximos de Poroshenko estariam vendendo peças de reposição para empresas de defesa nacionais com valores superfaturados.

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Eles também estariam contrabandeando as peças da Rússia ou comprando de depósitos ucranianos. Os autores da reportagem afirmam que os acusados teriam ganhado pelo menos US$ 9 milhões com esse esquema.

"Nós acreditamos que o que foi descoberto pelos jornalistas se enquadra no artigo 12 do Código Criminal [da Ucrânia] — alta traição […]. Nós anunciamos que nós, juntos com outras partes estamos lançando um processo de impeachment contra o presidente", disse Tymoshenko em seu discurso para o parlamento ucraniano.

Sob a lei ucraniana, alta traição, junto a ofensas criminais, pode levar a um impeachment do presidente. De acordo com o procedimento estabelecido, uma comissão de investigação temporária é criada pelo parlamento e então os deputados discutem as conclusões da comissão em uma sessão especial. Um total de 226 votos é necessário, dentre os 450 parlamentares, para levantar acusações criminais contra o presidente. Já para concretizar o impeachment são necessários 300 votos.

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