Chanceler do Irã não descarta ação militar contra jihadistas em Idlib, na Síria

O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, não descartou a possibilidade de lançar uma ofensiva contra terroristas na província síria de Idlib.
Sputnik

"Estamos nos movendo nessa direção. Nós nunca quisemos uma operação militar [em Idlib] e temos trabalhado para evitá-la porque sabemos que qualquer tipo de ação militar lá se transformaria em uma catástrofe. No entanto, outras abordagens falharam, enquanto a Frente Nusra* passou a controlar ainda mais o território [da província ", disse Zarif em entrevista ao jornal suíço Basler Zeitung, publicado em 22 de fevereiro.

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A declaração acontece após Bouthaina Shaaban, assessor político e de imprensa do presidente sírio, Bashar Assad, dizer que Damasco decidiu retomar o controle da província de Idlib e já estava discutindo o prazo e as formas de implementar essa decisão.

A província de Idlib foi capturada pelos jihadistas da Frente Nusra em 2015. Dois anos depois, quando o Irã, Rússia e Turquia chegaram a um acordo sobre o estabelecimento de zonas de desescalada na Síria, militantes de vários grupos armados contrários ao governo que recusaram a rendição foram transportados até a província, transformando-a no último grande bastião terrorista do país.

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Em setembro de 2018, Rússia e Turquia concordaram em estabelecer uma zona desmilitarizada de 14-19 quilômetros de largura em Idlib. Nesta área, o uso de armas pesadas e a atividade de militantes seriam proibidos. No entanto, apesar do progresso feito na retirada de armas e combatentes, jihadistas regularmente cometem violações de cessar-fogo ao bombardear províncias próximas.

Além disso, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse em janeiro que a Frente Nusra assumiu cerca de 70% da zona desmilitarizada.


* Frente Nusra ou Jabhat al-Nusra, conhecido como Jabhat Fatah al-Sham é um grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países.

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