Direita pode assumir o comando da Espanha em eleições parlamentares, diz pesquisa

Os partidos de direita espanhóis PP, Ciudadanos e Vox poderiam se unir a uma maioria parlamentar nas eleições gerais convocadas para 28 de abril, de acordo com uma pesquisa de opinião publicada neste sábado pelo jornal El Mundo.
Sputnik

A pesquisa, conduzida pela Sigma Dos, é a primeira relevante desde que o presidente socialista Pedro Sánchez convocou eleições antecipadas há uma semana, depois que os partidos da independência catalã não apoiaram seu projeto orçamentário para 2019.

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Com base na pesquisa, os três partidos de direita teriam entre 169 e 179 dos 350 assentos que compõem o Congresso.

O Partido Socialista liderado por Sanchez venceria as eleições, mas estaria longe da maioria exigida para formar um único governo com entre 110 e 114 assentos, segundo a pesquisa.

O conservador Partido Popular seria a segunda força com 71 a 75 assentos, enquanto Ciudadanos teria entre 54 e 58 assentos. O emergente partido Vox, de extrema-direita, estrearia no Parlamento com 44 a 46 assentos, de acordo com a pesquisa.

Ao contrário de outros países europeus, a Espanha resistiu por muitos anos ao surgimento das forças de direita, devido à nova memória da ditadura de Francisco Franco, que morreu em 1975.

Nas últimas semanas, várias pesquisas de opinião divergiram sobre quais partidos teriam assentos suficientes para formar uma coalizão.

Embora todas as pesquisas mostrem que os socialistas de Sanchez estão liderando e ganhando mais assentos do que na votação de 2016, suas chances de coligação governamental parecem limitadas.

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O partido Podemos, grupo de esquerda que apoiou Sánchez nas últimas iniciativas de seu governo minoritário, reduziria sua representação substancialmente de acordo com a pesquisa El Mundo, que dá à formação liderada por Pablo Iglesias entre 37 e 39 cadeiras em frente à 71 que ele alcançou em 2016.

Mas mesmo uma coalizão potencial entre os socialistas e o Ciudadanos de centro-direita, que até agora disseram que não quer aliar-se ao PSOE em nível nacional, deixaria a ambas as partes um máximo de 172 cadeiras, para quatro da maioria.

A pesquisa foi realizada através de 1.200 entrevistas entre 19 e 22 de fevereiro.

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