Venezuela: caminhões de ajuda humanitária são repelidos por gás lacrimogêneo

Os primeiros quatro caminhões de ajuda humanitária chegaram à fronteira da Colômbia e da Venezuela, perto da cidade colombiana de Cúcuta, mas foram recebidos com gás lacrimogêneo do lado venezuelano, informou a emissora de TV VPI.
Sputnik

Os caminhões foram cercados pelas pessoas quando atravessavam a parte colombiana da ponte, mas a polícia venezuelana bloqueou a passagem.

As pessoas então correram para trás da ponte por causa do gás lacrimogêneo.

Segundo a emissora, pelo menos duas pessoas, uma criança e um adulto, ficaram feridas no incidente.

A oposição venezuelana deu um ultimato e espera que a ajuda humanitária comece a entrar no país neste sábado (23).

O presidente Nicolás Maduro não concorda com a entrada de mantimentos e fechou a fronteira com o Brasil e estuda a possibilidade de fechar toda a fronteira com a Colômbia. Maduro diz que a ajuda humanitária faz parte de um plano para derrubar seu governo.

Guaidó diz que ajuda humanitária cruzou a fronteira do Brasil com a Venezuela
A crise na Venezuela aumentou em 23 de janeiro quando o líder da oposição, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino. Ele foi quase imediatamente reconhecido pelos Estados Unidos e alguns outros países.

Rússia, China, México, entre outras nações, manifestaram apoio a Maduro, que, por sua vez, acusa Washington de orquestrar um golpe.

A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, afirmou que, de acordo com o Direito Internacional Humanitário, a ajuda humanitária é fornecida em caso de desastres naturais, conflitos armados e guerras. Segundo Rodriguez, as declarações sobre a crise humanitária destinam-se a justificar a invasão da Venezuela, mas o povo não permitirá isso.

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