Venezuela expulsa eurodeputados que se reuniriam com Guaidó

Uma delegação de seis deputados do Parlamento Europeu foi impedida de entrar na Venezuela neste domingo (17).
Sputnik

"Atenção, nossos passaportes foram retirados de nós e estão nos expulsando da Venezuela, estão nos tratando mal e a única explicação que eles dão é que Maduro não nos quer aqui. Fomos a primeira delegação internacional convidada pelo presidente Juan Guaidó. Hoje eles nos expulsam, mas logo voltaremos a uma Venezuela livre", escreveu no Twitter o eurodeputado González Pons.

O eurodeputado também publicou um vídeo em que conta detalhes do episódio. Pons diz que a delegação já havia sido avisada pela embaixada da União Europeia e da Espanha que os congressistas seriam "presos ou detidos" na Venezuela.

Venezuela precisa de diálogo e não de ultimatos, diz Lavrov
Pons classificou Maduro como ditador.

Em 21 de janeiro, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução reconhecendo o oposicionista Juan Guaidó como "presidente interino legítimo da Venezuela".

O chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, disse que Caracas notificou previamente que a entrada não seria permitida porque a visita tinha "fins conspiratórios" e seria uma "provocação".

A Venezuela atravessa uma crise econômica e política que se agravou em 23 de janeiro, depois que o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino do país.

O chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, que assumiu o segundo mandato em 10 de janeiro, descreveu a declaração como uma tentativa de golpe por Guaidó e culpou os EUA.

Guaidó foi reconhecido pelos EUA, a maioria dos países membros do Grupo de Lima e várias nações ao longo das Américas, bem como a maior parte da União Europeia.

Rússia, Bolívia, China, Cuba, Irã, Turquia e outros países reafirmaram seu apoio a Maduro.

Comentar