Confira infinidade da nossa galáxia nas últimas FOTOS do telescópio Kepler

Os especialistas da NASA terminaram a decifração e processamento das últimas imagens obtidas pelo telescópio Kepler pouco antes de se esgotarem as suas reservas de combustível a bordo e o aparelho perder contato com a Terra.
Sputnik

"Estas últimas imagens, recebidas em 25 de setembro do ano passado, representam a página final do último capítulo da marcante viagem de recolha de dados de Kepler" durante os 9 anos e meio em que o Kepler descobriu mais de 2.600 mundos fora do Sistema Solar e provou que na nossa galáxia havia mais planetas que estrelas, segundo o comunicado da NASA.

Última foto feita pelo telescópio Kepler antes de se desligar
 

As lacunas enegrecidas no centro e ao longo do topo da imagem são resultado de falhas randômicas em câmeras. Graças ao design modular, as perdas não prejudicaram a visão geral.

Naquele tempo o Kepler estava olhando para a constelação Aquarius, onde existe o sistema planetário TRAPPIST-1 em que habitam sete "primas" da Terra. As três superterras da estrela GJ 9827 podem se tornar os primeiros mundos cujas atmosferas serão examinadas diretamente pela humanidade.

Vale destacar que o telescópio TESS, herdeiro oficial do Kepler, estava olhando para a mesma parte dessa constelação nos últimos momentos da vida do seu antecessor. Os especialistas da NASA esperam que a comparação das suas imagens possa permitir descobrir novas caraterísticas de planetas já conhecidos nessa parte da Via Láctea.

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O telescópio Kepler foi lançado em 2009 para observar simultaneamente milhões de estrelas nos arredores da galáxia. Naquele tempo a humanidade conhecia apenas algumas dezenas de exoplanetas. Graças ao Kepler e a outros telescópios seu número se está aproximando dos 4.000.

Em maio de 2013 o telescópio avariou, mas passado um ano os especialistas da NASA encontraram um modo de continuar seu funcionamento no âmbito da missão K2. Depois da "ressuscitação" o aparelho observou diferentes trechos do céu, o que exigiu sua movimentação e gastou muito combustível.

Em setembro de 2018 a NASA decidiu desligar o telescópio e levá-lo para uma órbita segura. Como resultado, o Kepler perdeu contato com a Terra e acabou oficialmente o seu trabalho no espaço. Porém, os dados recebidos serão examinados e analisados ainda durante vários anos.

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