Maioria na Rússia não crê em acusações dos EUA sobre violações do INF

Um total de 74% dos cidadãos russos acreditam que são infundadas as acusações de Washington sobre violações da Rússia no Tratado de Forças Nucleares de Faixa Intermediária (INF). Foi o que revelou uma pesquisa realizada pelo Centro Russo de Opinião Pública (VtsIOM), divulgada nesta segunda-feira (4).
Sputnik

Na sexta-feira (1), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou que os Estados Unidos suspenderam suas obrigações sob o Tratado INF e iniciaram um processo de saída que irá durar um período de seis meses, a não ser que a Rússia volte a cumprir suas obrigações em relação ao pacto. Moscou, em resposta às medidas e às acusações que considera inverídicas, suspendeu sua participação no Tratado.

Os resultados da pesquisa apontam que apenas 12% dos entrevistados qualificam as acusações como razoáveis. Enquanto isso, 66% dos que responderam a pesquisa acreditam que as acusações da Rússia sobre as violações dos EUA dentro do INF estão baseadas em fatos, e outros 18% acreditam no contrário.

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Segundo a pesquisa, 63% dos russos querem que o governo da Rússia realize esforços para preservar o Tratado e 21% acreditam que a posição deve ser contrária ao acordo. A pesquisa também revelou que 84% dos entrevistados conheciam o acordo de armas.

Quase três quartos dos que responderam as pesquisa conheciam as intenções de Washington de deixar o acordo. Quando peguntados sobre qual lado do acordo estaria mais interessado em preservar o Tratado, 33% disseram que era a Rússia e 10% disseram que eram os Estados Unidos.

Ainda, 29% disseram que os dois lados tinham o mesmo interesse em garantir a existência do acordo enquanto 15% acreditam que nem os EUA nem a Rússia estão interessados em manter o INF.

A pesquisa foi realizada no dia 22 de janeiro de 2019 e ouviu 1,6 mil pessoas com 18 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 2,5%.

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O Tratado INF, assinado em 1987 pela então União Soviética e também pelos Estados Unidos, baniu todos os mísseis balísticos de terra com alcance entre 498 km (310 milhas) e 5.471 km (3.400 milhas). Os EUA acusam a Rússia de produzir armas que violam o acordo, enquanto Moscou nega as acusações afirmando que não há provas que as sustentem.

A Rússia também se queixa de que os sistemas de Defesa dos EUA na Europa estão equipados com lançadores capazes de lançar mísseis de cruzeiro que violam o acordo.

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