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'Ver tudo isso é difícil', revela brasileira que integra forças de Israel em Brumadinho

Comandando um grupo de até 20 militares em Brumadinho, em Minas Gerais, a tenente Amit Levi tem apenas 21 anos e se diz "emocionada" em poder ajudar as vítimas da tragédia ocorrida na sexta-feira, quando uma barragem se rompeu na cidade mineira.
Sputnik

Filha de uma brasileira, Amit integra o grupo de 136 militares da Unidade Nacional de Resgate das Forças de Defesa de Israel (FDI) e é uma das duas pessoas da equipe que fala português, idioma que aprendeu com a família materna.

"Foi muito emocionante descobrir que eu viria para o Brasil trabalhar em uma grande tragédia", declarou a militar, em entrevista publicada pelo UOL nesta quarta-feira.

O tom é semelhante ao que ela disse na terça-feira, quando participou de uma entrevista coletiva ao lado embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley. "É muito emocionante pra mim poder ajudar o Brasil neste momento tão difícil", disse Amit.

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Ao UOL, a tenente revelou que chega a passar dois meses por ano no Rio de Janeiro, onde vivem avós e tios do lado materno da família.

"[O Rio de Janeiro] é um lugar que amo muito. E agora estou aqui para ajudar. Para mim isso tem um sentimento muito especial", afirmou a militar israelense, que tem em Brumadinho a sua grande missão como parte das forças militares judaicas.

Quanto aos trabalhos na cidade mineira, Amit contou sentir um aperto no coração ao ter de lidar com a realidade da população local.

"Ver tudo isso foi muito difícil, a lama destruiu tudo por onde passou. É bem difícil saber se alguém ainda tem chance de ter sobrevivido. Mas a gente tem que fazer tudo o que for possível para ajudar. Tem muitas famílias que estão esperando seus entes queridos", comentou.

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