Tanques avançados da China ficaram complicados demais para militares chineses?

Nos últimos anos, a China tem produzido muitas armas de ponta, inclusive o tanque Type 99A e o caça furtivo J-20, mas a mídia estatal reconhece que os militares chineses nem sempre sabem usar adequadamente esses novos sistemas de combate.
Sputnik

O jornal The Global Times indica como exemplo as manobras que decorreram na região chinesa da Mongólia Interior em julho de 2018, quando uma brigada combinada de elite do 81º Grupo do Exército Popular de Libertação (EPL) foi derrotada durante um combate de simulação, apesar de estar equipada com os veículos de combate avançados Type 99A.

 

  1. A mídia cita o canal de TV estatal CCTV assinalando que "os Type 99A estão digitalizados e conectados entre si, sendo capazes de atacar o inimigo inclusive fora do alcance visual. Porém, a brigada de elite foi completamente derrotada durante os exercícios devido ao modo de pensar obsoleto".

 

"Aproximamo-nos com os Type 99A demasiado perto da linha de frente, o que não otimizou a capacidade de combate do tanque", explicou Xu Chengbiao, comandante do batalhão. Outro comandante, Zhao Jianxin, reconheceu que os militares apenas estudaram as capacidades dos tanques antigos, mas não compreendem completamente os novos.

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Segundo a revista The National Interest, o artigo surpreendente da mídia estatal chinesa reconhece esta importante fraqueza dos seus militares. O periodista David Axe chama de "inadequada" a doutrina militar do EPL por ausência de experiência de combate, já que os militares do país não têm estado envolvidos em guerras desde o fim da década de 1970.

À medida que as capacidades de combate dos militares chineses forem aumentando, o país terá de adaptar a sua doutrina militar às tecnologias emergentes para maximizar as suas capacidades, um processo que levará certo tempo.

Segundo o site Business Insider, as Forças Armadas da China estão realizando uma renovação massiva com o objetivo de alcançar a meta determinada pelo presidente Xi Jinping: desenvolver uma força militar de classe mundial que possa combater e vencer em guerras em meados deste século.

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