Senador americano: EUA causaram problema das YPG na Síria e o devem resolver

O influente senador republicano e chefe do Comitê Jurídico do Senado dos EUA, Lindsey Graham, disse que as Unidades de Proteção Popular (YPG) curdas, apoiadas pelos EUA na Síria, estão ligadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado como organização terrorista pela Turquia.
Sputnik

Como explicou o senador Lindsey Graham, este problema foi criado pelos EUA e deve ser resolvido por eles. Mais cedo, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, realizou na sexta-feira (18) em Ancara uma reunião com Graham que durou cerca de 2,5 horas.

O senador, que chegou a Ancara, também foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu. Na reunião foram discutidos os últimos acontecimentos na Síria e as relações entre a Turquia e os EUA.

"Há fortes evidências de ligações da ala política das YPG, o Partido de União Democrática, com o PKK. É necessário proteger a Turquia contra as ameaças e resolver o problema das YPG/PKK que foi causado pelos EUA na Síria e deve ser resolvido", cita Graham a agência Anadolu.

Turquia adverte exército sírio contra entrada em Manbij
Graham acredita que o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, general Joseph Dunford, está trabalhando com Ancara sobre um plano para afastar as YPG da fronteira com a Turquia. Segundo o senador, ele espera que a retirada das tropas norte-americanas da Síria seja adiada até que o grupo terrorista Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em muitos outros países seja) seja eliminado.

Anteriormente, Donald Trump ameaçou Ancara com sanções econômicas caso esta decida atacar os curdos sírios, o que causou uma reação dura da parte turca. O líder dos EUA assinalou que é necessário criar uma zona tampão entre a Turquia e a Síria. Mais tarde, Recep Tayyip Erdogan anunciou que chegou a um entendimento sobre a zona de segurança com seu homólogo norte-americano.

'Terroristas não podem ser aliados': Turquia responde a EUA sobre 'devastação econômica'
O porta-voz do presidente turco, Ibrahim Kalyn, apoiou essa ideia, acrescentando que a Turquia controlaria essa zona com ajuda dos militares e da inteligência, que "interagirão com a população local".

No início de dezembro, o presidente turco anunciou que Ancara estava pronta para lançar uma operação militar contra as milícias curdas — que considera serem grupos terroristas — na margem oriental do Eufrates, bem como na cidade síria de Manbij, localizada perto da fronteira turca, se os Estados Unidos não facilitarem a retirada da milícia da região.

Comentar