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Não há como resolver déficit sem alterar Previdência de militares, diz especialista

Para o professor de Finanças do Coppead/UFRJ Carlos Heitor Campani, o déficit da Previdência não pode ser resolvido de maneira "justa" sem que os militares também passem por alterações em suas regras de aposentadoria.
Sputnik

"O déficit na Previdência dos militares é bastante grande, se você também não mexer dificilmente vai conseguir resolver. E se resolver, vai ser de uma maneira que não me parece justa com a sociedade", disse Campani à Sputnik Brasil.

Segundo levantamento do G1, aposentadorias de militares e servidores vão gerar déficit de R$ 90 bilhões em 2019, quase um terço do rombo total da Previdência. O rombo total previsto para a Previdência em 2019 é de R$ 308 bilhões.

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Ao assumir o cargo de comandante do Exército na semana passada, Edson Leal Pujol defendeu que os militares fiquem de fora da reforma da Previdência. "Nós não temos hora extra, não temos adicional noturno, não podemos nos sindicalizar", disse o novo chefe do Exército.

Pujol também ressaltou que, caso seja decidido pelo governo e pela sociedade, os militares irão cumprir as mudanças nas regras de aposentadoria.

O professor da UFRJ Carlos Heitor Campani concorda que "existem argumentos para a diferenciação" das regras previdenciárias, mas ressaltou que a sociedade brasileira está mudando e que "todas as camadas" deverão passar por mudanças. 

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