Damasco: retirada das tropas dos EUA não basta

Damasco exige que Washington feche sua base militar de al-Tanaf, além de retirar suas tropas da Síria, segundo o serviço de imprensa do partido de Bashar Assad. A embaixada dos EUA na Síria garante que, no futuro, os americanos continuarão a proteger a região com o Exército jordaniano.
Sputnik

A Síria buscará a retirada dos americanos de todo o país e bem como o fechamento de todas as bases norte-americanas no país, informou a direção do partido do presidente sírio segundo o jornal russo Izvestia.

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Segundo o jornal, o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, foi quem assegurou que o Exército norte-americano continuará a garantir a segurança da fronteira entre a Síria e a Jordânia nas proximidades da base e do campo de refugiados de Rukban, após as negociações que manteve com o chanceler jordaniano, Aimán Safadi, durante sua visita ao Amã no início de janeiro.

De acordo com vários meios de comunicação americanos, Washington planejava manter a base por um certo tempo ou deixá-la para o exército jordaniano, embora nenhuma dessas opções satisfizesse Damasco.

"A base militar deveria ser fechada, todos os grupos armados estrangeiros presentes ilegalmente na Síria deveriam deixar o país", insistiu o partido sírio.

O presidente do Comitê de Defesa da Duma russa, Vladimir Shamanov, assegurou ao Izvestia que a Turquia, outro ator influente na região, também estaria interessada em ganhar o controle da base.

"Os turcos querem controlar a base negociando com os americanos", disse Shamanov. O deputado é da opinião de que os americanos vão deixar uma pequena parte de suas forças na base.

Durante a reunião entre Pompeo e Safadi, foi discutida a necessidade de um diálogo de três vias entre os EUA, a Jordânia e a Rússia. Uma espécie de encontro que poderia determinar o futuro das regiões do sul da Síria, incluindo Rukban e Al Tanaf, segundo o próprio Safadi.

A base militar de Al Tanaf foi estabelecida no início de 2017, nas proximidades da fronteira síria com o Iraque e a Jordânia. Pouco depois, uma zona especial de segurança de 55 quilômetros foi estabelecida no seu entorno. O local passou a abrigar unidades da oposição armada síria, apoiadas pelos Estados Unidos.

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