Grandes potências dão início à exploração espacial econômica?

O pouso bem-sucedido da China no lado oculto da Lua e a chegada da missão dos EUA aos confins do Sistema Solar demonstram que a humanidade está expandindo ativamente a sua atividade no espaço. É importante que, deixando a Terra, as pessoas deixem também as suas divergências e se esforcem por cooperar, escreve o jornal Global Times.
Sputnik

Desde o primeiro voo dos russos ao espaço e até 2019 a humanidade percorreu um longo caminho, escreve o autor do artigo, assinalando que as grandes potências já entendem que o "campo de combate" seguinte pode ser o espaço.

Os últimos acontecimentos, tais como o pouso bem-sucedido de uma sonda da China no lado oculto da Lua e a chegada da missão dos EUA New Horizons ao asteróide 2014 MU69, nos confins do Sistema Solar, revelam grandes avanços na esfera de exploração espacial e expansão da atividade humana no espaço, ressalta o jornal.

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Desde o início do novo milênio, as agências espaciais da China, Rússia, UE e EUA começaram a desenvolver ativamente novos projetos econômicos que ultrapassam o mercado da Terra, segundo o artigo. O crescimento da população e o esgotamento dos recursos da Terra faz pensar que precisamos de introduzir inovações mais rapidamente. A economia espacial possivelmente levará a uma "nova revolução industrial" e a novas possibilidades.

Falando da exploração espacial econômica, se trata em primeiro lugar da exploração do subsolo dos corpos celestes na órbita da Terra. Há várias organizações que se dedicam a tornar essa atividade mais eficaz, por exemplo, a empresa norte-americana Moon Express tem o objetivo de explorar os recursos da superfície da Lua.

No entanto, a exploração dos corpos celestes está ligada em primeiro lugar à exploração espacial, lembra o analista. Tanto empresas estatais, como privadas se dedicam a tais projetos. Assim, o pouso bem-sucedido da sonda chinesa Chang'e 4 no lado oculto da Lua aconteceu no âmbito da missão de investigação da possibilidade de colonização humana de outros planetas.

Enquanto a Rússia está focada nos projetos sobre o satélite da Terra, a NASA e a SpaceX norte-americanas esperam enviar a Marte 1 milhão de pessoas durante os próximos 50 anos, indica o artigo.

Quanto à exploração espacial econômica mais avançada, algumas plataformas financeiras já pensam do funcionamento fora da Terra. Por exemplo, alguns anos atrás a empresa PayPal propôs a iniciativa PayPal Galactic, destinada à realização de pagamentos no espaço.

De acordo com o autor do artigo, os grandes projetos espaciais podem se tornar um "momento decisivo" para a humanidade e ajudar a ultrapassar a etapa de concorrência e mentalidade da Guerra Fria. As grandes potências devem ver na exploração espacial "um novo início das relações internacionais", mas para isso é necessário um modo de pensar novo, focado na cooperação.

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