Raúl Castro pede relação 'civilizada' com os EUA e libertação de Lula

Cuba está pronta para desenvolver relações respeitosas com os Estados Unidos, mas não aceita a "linguagem da força e ameaças", disse o primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro.
Sputnik

"Não somos intimidados pela linguagem da força e das ameaças. A unidade do povo é uma realidade indiscutível. Hoje somos um povo que defende a revolução [cubana]. No entanto, reitero nossa prontidão para uma convivência civilizada e relações respeitosas com os Estados Unidos", afirmou Castro na cidade de Santiago de Cuba, em um discurso por ocasião do 60º aniversário da Revolução Cubana, transmitido pelo canal de TV Telesur.

Ele também pediu a libertação do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena de 12 anos de prisão por acusações de corrupção, e o encerramento de processo contra a ex-presidente Dilma Rousseff, acusada de usar fundos públicos indevidamente.

Revolução em Cuba marcou desenvolvimento do movimento comunista na América Latina
Após a vitória dos revolucionários cubanos sobre o regime apoiado pelos EUA em 1959, Washington rompeu relações diplomáticas com Cuba e impôs um embargo comercial ao país. Em 2014, Washington e Havana expressaram sua intenção de começar a trabalhar na normalização das relações bilaterais. Como resultado, muitas restrições ao comércio entre os dois países foram facilitadas pelo então presidente Barack Obama.

Em junho de 2017, o presidente dos EUA, Donald Trump, reverteu a política de seu antecessor e abandonou as tentativas de normalizar as relações com Havana. Desde então, Trump estabeleceu novos limites para os cidadãos norte-americanos que viajam para Cuba e proibiu pagamentos a uma organização ligada a militares que controla a indústria turística da ilha.

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