Chefe de Gabinete da Casa Branca: 'O que Trump quer não é um muro, mas sim uma barreira'

O chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly em uma entrevista publicada no LA Times neste domingo que o presidente dos EUA não está pressionando por um muro de concreto, mas sim por "uma barreira" para lidar com o problema da imigração ilegal.
Sputnik

Kelly disse que agentes alfandegários e de proteção de fronteiras afirmaram a ele, durante a sua breve atuação como secretário de Segurança Interna, que barreiras físicas são necessárias em algumas áreas. No entando, Kelly admitiu que a maioria indicou um desejo por novas tecnologias e mais funcionários.

"Para ser honesto, não é um muro", afirmou Kelly ao jornal. "O presidente ainda diz 'muro' (…) mas abandonamos [a ideia de] uma parede de concreto sólido no início do governo, quando perguntamos às pessoas o que elas precisavam e onde elas precisavam", acrescentou.

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Kelly afirmou ainda ao jornal que o país tem um "problema de imigração" e que é responsabilidade do Congresso resolvê-lo.

O presidente dos EUA anunciou o fechamento parcial do governo federal na semana passada de senadores democratas não aceitaram a proposta de gastos de US$ 5 bilhões para a segurança de fronteira exigida por Trump. O ex-chefe de gabinete da Casa Branca também insistiu que Trump nunca tomou uma decisão sem coletar informações primeiro, rejeitando as alegações de que o presidente não pensou no impacto da paralisação.

"Nunca aconteceu algo como 'o presidente só quer tomar uma decisão baseada em nenhum conhecimento e ignorância'", disse Kelly. "Você pode não gostar da decisão deçe, mas pelo menos ele foi totalmente informado sobre o impacto delas".

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Kelly também argumentou que, embora os imigrantes "não sejam, em sua maioria, pessoas ruins", eles precisam ser impedidos de entrar ilegalmente.

Desde os anos 80 até meados dos anos 2000, as apreensões na fronteira — a medida mais comum da imigração ilegal — rotineiramente excediam 1 milhão de migrantes por ano. No ano fiscal que terminou em setembro de 2018, esse número foi reduzido para 521.090 pessoas, segundo o Los Angeles Times.

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