EUA abrem exceção e concedem visto para iemenita despedir-se de filho em estado terminal

Abdullah Hassan tem dois anos e está internado na UTI de um hospital na Califórnia. A família decidiu desligar os aparelhos do menino, mas como a mãe é iemenita, estava impedida de se reunir com o filho devido ao veto imposto por Donald Trump. Caso repercutiu na imprensa americana no fim de semana, motivando uma exceção pelo Departamento de Estado.
Sputnik

Abdullah nasceu no Iêmen com uma doença rara no cérebro. O que inicialmente manifestou como paralisia motora hoje em dia o impede até mesmo de respirar sem aparelhos. Como o pai da criança é cidadão norte-americano, ele internou o filho no Hospital Infantil Benioff em julho, mas a criança não tem muito tempo de vida.

Suprema Corte confirma banimento de viagem de Trump e oposição reage: 'Racismo, xenofobia'
O drama da família foi manchete do jornal San Francisco Chronicle. Na ocasião, Ali Hassan, pai de Abdullah declarou que o banimento temporário na concessão de vistos imposto por Trump estava impedindo que a mãe do menino, Shaima Swileh, se despedisse antes da morte inevitável. 

"Se eu pudesse tirá-lo do respirador e colocá-lo em um avião, eu o levaria até ela. Eu permitira que ela o visse. Mas ele não sobreviveria". declarou.

Diante da repercussão, o Departamento de Estado dos EUA convocou Swileh à embaixada no Cairo — onde ela reside — para conceder um visto especial. A informação é da CNN, que divulgou comunicado emitido pelo Conselho para as Relações Islâmico-Americanas (CAIR), entidade responsável por interceder juridicamente pela família.

Comentar