Trump pode violar acordo com China a qualquer momento, afirma analista

O não cumprimento dos acordos já se tornou uma característica emblemática do presidente norte-americano, Donald Trump, por isso não se deve ver com grande otimismo os acordos alcançados na Argentina entre a China e os EUA, disse o especialista chinês Sima Nan.
Sputnik

Os líderes da China e dos EUA, Xi Jinping e Donald Trump, realizaram a sua muito esperada reunião à margem da cúpula do G20 na Argentina, que trouxe alguma clareza sobre os novos passos de ambas as partes para tentar resolver a prolongada "guerra comercial".

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Trump concordou em não aumentar as taxas de 10% para 25% a partir de 1º de janeiro, como havia ameaçado anteriormente. Mas com uma condição: isso somente acontecerá se as partes chegarem a um acordo em determinadas questões nos próximos 90 dias.

Apesar do otimismo dos altos funcionários, a comunidade de especialistas chinesa alerta sobre as promessas de Trump, "para quem a violação de acordos já se tornou um cartão de visita".

"Os acordos alcançados neste momento podem ser rompidos amanhã", opina o analista.

Quanto a um acordo dentro de 90 dias, ele observou que "em três meses a China e os EUA não conseguirão acabar com a guerra comercial e, se não for possível alcançar um acordo nesse prazo, os Estados Unidos aumentarão as taxas para 25%, o que é pura chantagem e coerção".

Segundo o analista chinês, a questão principal e mesmo crítica é o tipo de acordos que as partes pretendem alcançar e as concessões que a China deve fazer.

Ele destacou que "a China, sem dúvida, espera acabar com a guerra comercial nos próximos três meses, por isso Trump está se aproveitando disso. Para Pequim, o mais importante agora é continuar a lidar com todas as mudanças de modo determinado e firme".

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