Economista prevê fracasso da política externa dos EUA baseada no 'excepcionalismo'

O renomado economista norte-americano Jeffrey Sachs disse em um vídeo postado pelo canal Big Think do YouTube que a política externa dos EUA baseada no suposto excepcionalismo americano está fadada ao fracasso.
Sputnik

A tentativa de "impor sua vontade a outros países e povos" em uma era de conhecimento e comunicação não é apenas imoral, como também está condenada ao fracasso, falou Sachs.

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Sachs cita como exemplos os casos do Iraque, Líbia ou Síria, quando o então presidente Barack Obama ordenou que a CIA conspirasse com o governo saudita para derrubar o presidente sírio. Ele salientou que o plano americano foi uma catástrofe, com a entrada em massa de armas e jihadistas no país árabe, além da violência e saída de milhões de cidadãos do país.

No entanto, o especialista lamenta que, apesar dessa evidência, os políticos norte-americanos continuem ignorando as sérias consequências causadas pelo desejo dos EUA de permanecer como "polícia" do mundo.

"Os políticos americanos muitas vezes não entendem isso porque o instinto é: 'Somos excepcionais, estamos no controle, nós é que decidimos quem fica no poder'", disse o economista.

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O economista também culpa a mídia e os jornalistas norte-americanos por perpetuar essa abordagem.

"Que tipo de política externa é essa em que os EUA dizem a outros países que tipo de governo eles devem ter?", questiona Sachs, respondendo à própria pergunta: "É uma política externa fadada ao fracasso".

A expressão excepcionalismo norte-americano refere-se à crença segundo a qual os Estados Unidos são um país qualitativamente diferente de outras nações, sendo considerado uma variante da chamada "doutrina do destino manifesto" no século XIX, que dizia que os colonizadores americanos deveriam se expandir pela América do Norte para civilizar o continente.

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