Ucrânia limita entrada no país de homens russos entre 16 e 60 anos

A Ucrânia limita a entrada no país de cidadãos russos entre 16 e 60 anos de idade, escreveu o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, no seu Twitter.
Sputnik

"A Ucrânia impôs limitações à entrada no país de cidadãos da Federação da Rússia do sexo masculino entre 16 e 60 anos", diz a publicação.

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Segundo Poroshenko, a medida tem por objetivo impedir que Moscou "forme destacamentos armados privados na Ucrânia".

A medida foi proposta na segunda-feira (26) pelo Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia, que sugeriu introduzir as limitações enquanto a lei marcial estiver em vigor.

Para além disso, desde 29 de novembro, apenas pessoas com documentos de identidade ucranianos poderão atravessar a fronteira entre a Crimeia e Ucrânia.

Comentando o passo de Kiev, o senador russo Frants Klintsevich afirmou que a Rússia não vai introduzir limitações semelhantes à entrada de cidadãos ucranianos do sexo masculino.

"Kiev está se dirigindo abertamente para a ruptura de todos os laços com a Rússia, nos provocando com tais passos a dar uma resposta igual, o que seria um grande golpe para os milhões de ucranianos que trabalham na Rússia. Mas Kiev não terá tal resposta do nosso país", afirmou Klintsevich.

A chancelaria russa também afirmou que o país acha inapropriado responder com uma medida similar às recentes limitações de entrada da Ucrânia.

Incidente no estreito de Kerch

Na segunda-feira (26), o parlamento ucraniano aprovou a introdução da lei marcial em algumas regiões do país por 30 dias após a apresentação do respectivo projeto pelo presidente Pyotr Poroshenko.

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A medida foi tomada na sequência do incidente no estreito de Kerch, quando três navios ucranianos atravessaram a fronteira marítima da Rússia, violando o direito internacional, e foram detidos pela guarda fronteiriça russa.

Moscou qualificou o acontecido no estreito como provocação e revelou que entre os tripulantes dos navios havia agentes do Serviço de Segurança da Ucrânia que, de fato, lideravam a operação.

Para o presidente russo, Vladimir Putin, o incidente foi organizado por Kiev devido à situação política interna nas vésperas das eleições.

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