Ei, EUA: China alerta que guerra comercial pode causar 'Grande Depressão e guerra mundial'

Uma escalada do conflito comercial sino-americano poderia levar a uma repetição das grandes catástrofes do século 20, alertou um enviado chinês depois do presidente dos EUA, Donald Trump, mais uma vez ameaçou impor tarifas adicionais à China.
Sputnik

Poucos dias antes de os líderes chineses e norte-americanos se encontrarem à margem da cúpula do G20 na Argentina, o enviado chinês aos Estados Unidos emitiu um alerta contra a escalada do conflito comercial que poderia quebrar a simbiose entre as 2 maiores economias do mundo e prejudicar o comércio global.

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"Não sei se as pessoas realmente percebem as possíveis consequências — o impacto, o impacto negativo — se houver uma dissociação desse tipo", disse o embaixador Cui Tiankai à Agência Reuters, ressaltando que uma nova escalada poderia recriar as terríveis condições econômicas que antes levar à Segunda Guerra Mundial.

"As lições da história ainda estão lá. No último século, tivemos 2 guerras mundiais e, entre elas, a Grande Depressão [a quebra da Bolsa de Nova York em 1929]", explicou o embaixador. "Eu não acho que alguém deveria realmente tentar ter uma repetição da história. Essas coisas nunca devem acontecer de novo, então as pessoas têm que agir de maneira responsável".

O presidente Donald Trump declarou repetidamente a repórteres que as tarifas sobre produtos chineses adicionais, no valor de US$ 267 bilhões, estão prontas caso Pequim se recuse a ceder às exigências dos EUA e impedir o roubo de propriedade intelectual.

Enquanto procurava um acordo com a China, Trump deixou claro na segunda-feira que continua firme em seu compromisso de fechar o enorme déficit comercial com a China. Se Trump decidir impor tarifas adicionais, os impostos cobrados se aplicarão a um total de mais de US$ 517 bilhões em produtos chineses.

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"O único acordo que seria realmente aceitável para mim — além de, obviamente, temos que fazer alguma coisa sobre o roubo de propriedade intelectual, certo —, mas o único acordo seria a China ter que abrir seu país para a concorrência dos Estados Unidos", comentou Trump ao jornal The Wall Street Journal na segunda-feira. "Eles precisam abrir a China para os Estados Unidos. Caso contrário, não vejo um acordo sendo feito".

O conflito comercial sino-americano entrou em um estágio crucial em setembro, depois de oficialmente terem entrado em vigor, oficialmente, aumentos tarifários de US$ 260 bilhões negociados bilateralmente. Nos últimos 2 meses, os países têm conversado, tentando encontrar uma solução para consertar a disputa comercial. Até agora, todas essas tentativas foram inúteis.

Trump e o presidente chinês Xi Jinping devem se reunir na próxima sexta-feira, à margem da cúpula do G20 na Argentina, e também devem jantar no sábado.

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