Federação Industrial da Venezuela pede para indexar salários para manter poder de compra

Os salários dos trabalhadores venezuelanos devem ser indexados para manter o poder de compra contra a inflação, disse à mídia local o presidente da Federação das Câmaras e Associações de Industriais da Venezuela (Fedeindustria), Orlando Camacho.
Sputnik

É aconselhável "estabelecer um mecanismo que permita a indexação dos salários utilizando um fator de referência que permita uma revisão periódica (…) e evite que ela se erode devido a desequilíbrios na economia", disse Camacho em entrevista à rádio local. União de Rádio.

Camacho ressaltou a importância de reconhecer o valor de reposição da matéria-prima, para definir um esquema de indexação através do qual os salários são revisados.

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"Temos uma economia distorcida, como um empregador que devemos apoiar para contribuir para que o poder de compra dos venezuelanos seja mantido (…) porque se não tivermos poder de compra, os empresários também não podem vender seus produtos, é necessário contribuir para o mercado interno", explicou Camacho, que também é vice-presidente do Comitê de Economia da Assembleia Nacional Constituinte, composto apenas por funcionários pró-governo.

Em 17 de agosto, o presidente Nicolás Maduro decretou um aumento do salário mínimo, que então equivalia a menos de três dólares de acordo com a taxa de câmbio paralelo, para um montante de 1.800 bolívares, o equivalente a cerca de 30 dólares.

No entanto, esses 1.800 bolívares valeram 6,5 dólares na segunda-feira, de acordo com a evolução da taxa de câmbio que colocou a moeda em 275 bolívares por unidade.

O governo garantiu que procura enfrentar a crise econômica com o petro, uma criptografia ancorada no valor do petróleo que em 1º de outubro começou a funcionar como moeda de troca de compra e moeda conversível.

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