FSB: navios ucranianos invadiram águas que sempre foram russas

Os navios da Marinha ucraniana invadiram, no último domingo, sob ordens diretas de Kiev, águas que sempre pertenceram à Rússia, mesmo antes da reintegração da Crimeia, afirmou o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) nesta segunda-feira.
Sputnik

Segundo o FSB, as embarcações estrangeiras ignoraram os avisos para parar e chegaram a apontar suas armas para as forças russas, provocando uma resposta com tiros de aviso por parte destas.

Na segunda-feira (26), o Conselho de Segurança da ONU rechaçou a agenda da Rússia sobre o incidente no estreito de Kerch.

Conselho de Segurança da ONU rechaça agenda da Rússia sobre incidente no estreito de Kerch
Na manhã da segunda-feira informaram que as Forças Armadas e Serviço de Segurança da Ucrânia foram postos em alerta para o combate. Mais tarde virou público que o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko aprovou a proposta do Conselho de Segurança e Defesa Nacional para introdução da lei marcial no país. A lei marcial entra em vigor no território ucraniano a partir de 26 de novembro, terminando no dia 25 de janeiro de 2019, de acordo com o decreto. Ainda é necessária sua aprovação pela Suprema Rada (parlamento ucraniano).

A decisão foi tomada após o incidente com três navios ucranianos no estreito de Kerch.

Em 25 de novembro três navios da Marinha ucraniana, Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu, violando os artigos 19 e 21 da Convenção da ONU sobre direito marítimo, atravessaram a fronteira da Rússia. Os navios entraram na zona aquática temporariamente encerrada e realizaram manobras perigosas durante várias horas sem reagir às exigências das embarcações russas que acompanhavam os navios ucranianos.

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Foi tomada a decisão de usar armas. Os navios ucranianos foram detidos aproximadamente a 20 km da costa russa e a 50 km do local habitual de passagem dos navios no estreito de Kerch por baixo da Ponte da Crimeia. Durante o incidente, três militares ucranianos ficaram levemente feridos. Eles receberam assistência médica e não correm risco de vida.

A Rússia abriu um processo criminal por violação da fronteira.

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