Jornalista russo preso na Ucrânia indica quem pode estar por trás de sua detenção

Jornalista russo e chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, Kirill Vyshinsky, que foi detido na Ucrânia em 15 de maio e permanece preso, disse em entrevista ao portal Ukraina.ru que sua detenção foi organizada ao mais alto nível da liderança política ucraniana.
Sputnik

"Tudo foi planejado e organizado em Kiev, ao mais alto nível da liderança política ucraniana."

Em prol da liberdade: ação contra prisão do jornalista russo Vyshinsky decorre em Moscou
Segundo o jornalista, agora os organizadores de sua detenção "parecem estar em um beco sem saída" porque não conseguiram fazer tudo "rapidinho", e agora têm que resolver a situação.

O jornalista sublinhou que as "acusações são absurdas, os fatos foram manipulados, as conclusões são falsas e não pertencem ao âmbito do direito".

O detido afirmou que os investigadores não lhe dizem nada sobre uma possível solução para o seu caso e que o tribunal ucraniano de Kherson não decide nada.

"Com essa tendência não há motivos para acreditar que a justiça ucraniana triunfe, especialmente nas vésperas das eleições [presidenciais na Ucrânia], quando os ânimos antirrussos estão cada vez mais exaltados", contou Vyshinsky ao portal.

Caso Vyshinsky

Tribunal ucraniano amplia prisão do jornalista russo até 28 de dezembro
O chefe do portal RIA Novosti Ucrânia foi detido em Kiev no dia 15 de maio deste ano, acusado de apoiar as autoproclamadas República Popular de Donetsk (RPD) e República Popular de Lugansk (RPL). O jornalista pode ser condenado a 15 anos de prisão.

Em 17 de maio, o tribunal de Kherson autorizou a prisão do jornalista. Sua defesa apresentou apelação, mas esta foi recusada pelo tribunal. Durante uma audiência, Vyshinsky pediu ajuda ao presidente russo Vladimir Putin e também disse que abdicaria da cidadania ucraniana.

No dia 1º de novembro, o tribunal ucraniano prorrogou a prisão do jornalista até 28 de dezembro.

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