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Futura ministra da Agricultura recebeu doação eleitoral de réu por assassinato de indígena

A deputada federal e futura ministra da Agricultura Tereza Cristina (DEM-MS) recebeu doação eleitoral de R$ 30 mil do fazendeiro Jacintho Honório da Silva Filho - acusado de ser o mandante do assassinato da liderança indígena Marcos Veron em 2003. O crime ocorreu em Juti, no Mato Grosso do Sul, e até hoje Jacintho não foi julgado.
Sputnik

As informações são da Folha de S. Paulo.

Veron era indígena guarani-caiová e tinha 72 anos quando foi morto. Liderança no movimento de ocupação de terras, foi sequestrado e torturado com outros seis indígenas que reclamavam parte da fazenda Brasília do Sul.

Geisebel, filha de Veron, estava grávida de 7 meses e foi sequestrada e torturada junto com o pai. 

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Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o fazendeiro que doou para a futura ministra de Jair Bolsonaro é o mandante do crime. Ele também responde por homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio qualificado, tortura, sequestro, formação de quadrilha armada e dano qualificado.

O caso foi transferido da comarca de Dourados para São Paulo após pedido do MPF por uma suposta tentativa de coação de testemunhas. Até hoje Jacintho não foi julgado.

Em resposta à Folha de S. Paulo, Tereza Cristina afirmou: "a família de Jacintho Honório da Silva Filho é amiga de longa data" e também disse que a doação "é garantida pela legislação vigente".

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