'Hillary Clinton tem mais chances de virar presidente da Líbia que dos EUA'

Acreditar que o antídoto para Trump é a sua ex-rival de campanha, Hillary Clinton, é a mesma coisa que considerar uma doença cardíaca como antídoto para o câncer, acredita o colunista John Wight.
Sputnik

No artigo publicado no portal RT, o jornalista assegura que a política democrata, que recentemente falou sobre sua possível participação das eleições de 2020, tem mais hipótese de ser presidente da Líbia do que dos EUA.

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Uma vez que "a maldade e Hillary Clinton andam de mãos dadas", achá-la como um antídoto para o atual chefe da Casa Branca é uma "perversão grotesca da democracia", acrescenta o autor.

Na opinião de Wight, a maldade é a especialidade particular de Clinton, vestida de roupas do liberalismo. Parafraseando Einstein, Wight argumenta que o liberalismo é "o sarampo da humanidade" e que o exemplo de Hillary Clinton é o mais notório.

"Ela é uma mulher para quem o mundo e tudo o que tem nele é um equivalente a um bufete, que é útil apenas na medida em que alimenta e nutre a hegemonia americana", opinou ele.

A campanha de Clinton para a presidência se desmoronou em 2016, foi desprovida de credibilidade, tal como uma ovelha é tosquiada, "pelo pastor da verdade que é o WikiLeaks". Não conseguindo aceitar sua derrota, escreve o autor, os democratas decidiram dirigir sua ira contra a Rússia, Julian Assange e WikiLeaks, afirmando que houve uma alegada conspiração especial contra a ex-candidata. O resultado foi uma investigação federal liderada por Robert Mueller, ex-diretor do FBI, que teve como alvo inclusive o próprio presidente Donald Trump, embora provas concretas nunca tenham sido apresentadas.

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De acordo com John Wight, ambos os Clinton e Barack Obama foram responsáveis por "dar à luz" pessoas como Donald Trump, assim como seu "caos neoliberal" é a causa do populismo de direita.

"Se essa raiva populista de direita pode gerar mais caos neoliberal em 2020, a experiência americana de culto do indivíduo certamente levará a uma segunda guerra civil", acrescenta o colunista.

Para as massas populares necessitadas dos Estados Unidos e as nações que querem romper com os "tentáculos do império", John Wight ressalta que hoje em dia dificilmente existem diferenças entre as alas do Partido Democrata e do Partido Republicano neste "simulacro de democracia".

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