Venda de armas europeias precisa de controles mais rígidos, diz Parlamento Europeu

Controles mais rigorosos sobre as exportações de armas da União Européia são necessários e as sanções devem ser impostas aos países que desrespeitam as regras do bloco, afirma uma moção aprovada pelo Parlamento Europeu nesta quarta-feira (14).
Sputnik

"No Iêmen, as armas europeias são fundamentalmente responsáveis ​​pela guerra", disse a parlamentar alemã Sabine Losing, que lidera os esforços para responsabilizar os governos da União Europeia. 

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O apelo do Parlamento Europeu não é vinculativo, mas é a segunda vez em menos que têm legisladores da UE aprovam uma resolução sobre a venda de armas incitando limites após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. 

A UE é o segundo maior fornecedor de armas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O bloco europeu responde por mais de um quarto de todo o comércio global de armamentos. 

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De acordo com a moção, a venda de armas para a Arábia Saudita viola 6 dos 8 critérios estabelecidos pelo bloco que os países da União Europeia devem adotar ao exportar armas. A eurodeputada Losing sustenta que as regras do bloco estabelecem o caminho para uma possível aplicação de sanções.

O governo do presidente francês Emmanuel Macron foi criticado por grupos de direitos e legisladores da oposição pelas vendas de armas francesas à Arábia Saudita.

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Paris tem procurado aumentar o seu peso diplomático no Oriente Médio através da venda de navios de guerra, tanques, artilharia e munições para os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egito.

O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, afirmou na segunda-feira (12) disse a indústria bélica do país segue regras rígidas e que pausar a venda de armamentos "pode afetar os civis".

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