Disputas com Washington têm pouco impacto na economia de Pequim, diz porta-voz

As disputas comerciais com os EUA, que estão ocorrendo há mais de meio ano, tiveram pouco impacto na economia chinesa, disse a porta-voz do Departamento Nacional de Estatísticas (NBS) da China.
Sputnik

"Em relação à influência das relações econômico-comerciais entre os EUA e a China, com base nas estatísticas atuais, ela é relativamente limitada", disse a porta-voz do NBS, Liu Aihua, durante uma coletiva de imprensa na quarta-feira (14).

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Apesar disso, os impulsos de crescimento da economia global e do comércio enfraqueceram visivelmente, enquanto ocorre uma instabilidade no mercado financeiro global, além de oscilações significativas nos preços dos produtos básicos.

A representante do departamento destaca que esses fatores externos de incerteza e instabilidade não devem ser ignorados.

De acordo com Aihua, se observarmos a situação interna de Pequim, "as contradições estruturais que se acumularam durante muito tempo ainda são bastante substanciais, e um número de empresas, especialmente as pequenas e médias empresas privadas, ainda enfrentam dificuldades em fazer negócios".

A guerra comercial sino-americana se iniciou após a entrada em vigor de novas taxas aduaneiras mútuas em julho deste ano.

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Washington aplicou um imposto de 25% sobre as importações de 818 itens chineses, estimados em US$ 34 bilhões [R$ 129 bilhões] por ano. Como resposta, Pequim introduziu a mesma taxa sobre a importação de produtos americanos.

No final de setembro, entraram em vigor novas tarifas norte-americanas de 10% sobre mercadorias da China, avaliadas no total em US$ 200 bilhões [R$ 760 bilhões] por ano. A China, em resposta, impôs tarifas de 10% e 5% sobre as importações dos EUA, no valor de US$ 60 bilhões [R$ 228 bilhões].

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