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WhatsApp concede US$ 1 milhão em pesquisa para combater fake news

Um grupo de pesquisadores está sendo financiado pelo WhatsApp para investigar como a desinformação se espalha pela plataforma.
Sputnik

Após uma série de notícias falsas e rumores sobre o WhatsApp, que afetam principalmente o Brasil e Índia (os maiores mercados da plataforma), a empresa anunciou na segunda-feira (12) o pagamento de US$ 1 milhão (R$ 3,7 milhões) a 20 projetos de pesquisa em 11 países.

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"Reconhecemos que esta questão apresenta um desafio de longo prazo que deve ser enfrentado em parceria com outros", disse Mrinalini Rao, pesquisadora-chefe do WhatsApp, em comunicado à Poynter.

"Esses estudos nos ajudarão a desenvolver as mudanças recentes que fizemos no WhatsApp e a apoiar amplamente campanhas de educação para ajudar a manter as pessoas seguras", relatou Rao.

Duas das principais áreas das pesquisas serão a alfabetização digital e a desinformação eleitoral.

A plataforma de mensagens não fornecerá dados de usuários aos pesquisadores, que estão se reunindo nesta semana para um workshop na sede da empresa em Menlo Park, Califórnia, segundo a edição.

"O objetivo desses prêmios de pesquisa é facilitar a investigação externa de alta qualidade sobre esses tópicos por acadêmicos e especialistas que estão nos países onde o WhatsApp é usado com frequência e onde há pesquisas relativamente limitadas sobre o assunto", diz-se no informe.

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"Acreditamos que isso é importante para obter ideias imparciais que expliquem a variação social e cultural de como as pessoas usam nosso produto."

Anunciados em julho deste ano, os prêmios de pesquisa do WhatsApp em Ciências Sociais e Desinformação surgiram após as críticas do governo indiano de que a empresa não estava fazendo o suficiente para controlar a desinformação na plataforma.

Muitas pessoas foram mortas e linchadas na Índia por disseminação de falsos rumores através do WhatsApp.

Devido a isso, a plataforma tentou conter a situação criando recursos de rotulagem de mensagens encaminhadas e também diminuindo o número de grupos para os quais os usuários podem encaminhar mensagens.

Por causa da criptografia do WhatsApp, controlar a disseminação da desinformação na plataforma é muito difícil. A única pesquisa quantitativa real sobre o assunto da desinformação analisou grupos públicos em meio à eleição presidencial no Brasil em outubro.

O objetivo principal da plataforma não é limitar a desinformação em si, mas educar e capacitar os usuários, além de trabalhar com organizações não governamentais na Índia e no Brasil para treinar as pessoas sobre como detectar informações errôneas.

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