Comandante líbio se recusa a participar de negociações para estabilização do país

O comandante do Exército Nacional da Líbia (LNA), Khalifa Haftar, não participará das negociações de um acordo líbio a ser realizado na cidade italiana de Palermo entre 12 a 13 de novembro, disse uma fonte do LNA à Sputnik.
Sputnik

"O comandante-em-chefe do Exército Nacional da Líbia, Marechal Khalifa Haftar, não comparecerá à próxima conferência a ser realizada em Palermo, Itália, de 12 a 13 de novembro, a fim de encontrar uma solução para a crise política e de segurança na Líbia", disse a fonte.

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A conferência internacional anterior sobre a Líbia aconteceu em Paris em 29 de maio e contou com a presença dos quatro principais líderes da Líbia — Haftar, Sarraj, bem como Aguila Saleh e Khaled al-Mechri, líderes de assembleias parlamentares rivais. Durante o evento, os quatro concordaram em realizar eleições parlamentares e presidenciais em todo o país em dezembro.

Haftar já havia confirmado sua participação na próxima conferência. O presidente russo, Vladimir Putin, e o colega norte-americano Donald Trump também foram convidados. O Kremlin anunciou, no entanto, que o presidente russo não compareceria ao evento. Na quarta-feira, a imprensa informou, citando a assessoria do Exército da Líbia, que Haftar havia chegado a Moscou para se encontrar com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu.

A Líbia vem sofrendo com uma guerra civil que se arrasta desde 2011. Dois governos rivais lutam pelo controle do país. As regiões orientais da Líbia são governadas por um parlamento sediado na cidade de Tobruk, que coopera com o Exército Nacional da Líbia, liderado por Haftar. O Governo do Acordo Nacional, formado com o apoio das Nações Unidas e da Europa, opera no oeste do país, inclusive na capital líbia de Trípoli.

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A falta de centralidade resultou em um surto de atividades de tráfico humano e no desenvolvimento de grupos jihadistas. A Líbia é também uma importante porta de entrada para migrantes do norte da África que tentam atravessar o Mediterrâneo e se estabelecer na Europa, uma das principais razões para a crise migratória nos últimos anos.

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