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CNJ apura ida de Moro para ministério de Bolsonaro

O corregedor nacional de Justiça, Humberto Martins, instaurou nesta sexta-feira uma solicitação para que o juiz federal Sérgio Moro esclareça ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a sua suposta atividade político-partidária durante o exercício da magistratura.
Sputnik

A decisão do corregedor foi tomada após entidades, partidos e cidadãos terem apresentado representações contra Moro, depois deste ter aceitado o convite para o cargo de ministro da Justiça do presidente eleito Jair Bolsonaro. O juiz saiu férias, mas ainda exerce magistratura. Ainda assim, se reuniu com a equipe de transição do governo.

Sérgio Moro sai de férias para montar ministério
Martins deu um prazo de 15 dias para que Moro preste informações, "visando a possibilitar uma melhor compreensão dos fatos".

Ele só poderá ser nomeado ministro da Justiça após pedir exoneração. 

Pela Lei Orgânica da Magistratura, magistrados não podem exercer atividade político-partidária. Ao todo, foram feitos três questionamentos à conduta de Moro, um por um cidadão, outro pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e um terceiro pelo PT, informou Agência Brasil.

Na semana passada, Sérgio Moro, durante uma palestra, disse não entender a chefia de um ministério como um cargo político. Na opinião dele, o cargo de ministro da Justiça seria "técnico".

"Não me vejo ingressando na política, ainda como um político verdadeiro. Para mim, é um ingresso num cargo que é predominantemente técnico", afirmou o juiz.

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