EUA estão entrando em um conflito com resultados desagradáveis para si, diz especialista

O ex-embaixador dos EUA na Ucrânia apelou aos países ocidentais para fornecerem armas letais modernas para Kiev. Vladimir Batyuk, um investigador de ciências políticas e militares comentou a posição de Washington ao serviço russo da Rádio Sputnik.
Sputnik

O ex-embaixador dos EUA na Ucrânia, John Herbst, apelou aos países ocidentais que forneçam armas letais modernas para Kiev, informou a Ukrinform. De acordo com Herbst, o fornecimento de tais armas permitiria à Ucrânia resistir às operações russas.

"É do interesse não só da Ucrânia, mas também do Ocidente, fornecer armas à Ucrânia, em particular, mísseis terra-terra e terra-mar, a fim de tornar vulneráveis as possíveis operações anfíbias da Rússia com desembarque na costa", disse o ex-embaixador acrescentando que a Ucrânia precisa de ajuda além dos os sistemas de mísseis antitanque Javelin.

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Este ano, Kiev recebeu mais de 40 milhões de dólares (cerca 151 milhões de reais) em armamento dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Lituânia. Além disso, no ano passado, Washington aprovou a entrega de sistemas Javelin para a Ucrânia, e em maio eles foram entregues aos militares ucranianos.

Vladimir Batyuk, chefe do Centro de Pesquisas Políticas e Militares do Instituto dos EUA e Canadá da Academia de Ciências da Rússia, comentou a posição de Washington sobre o fornecimento de armas à Ucrânia ao serviço russo da Rádio Sputnik.

"Isso não corresponde nada aos interesses nacionais dos EUA, mas corresponde à ideologia oficial de política externa americana, segundo a qual os Estados Unidos são a "força do bem" global, que deve lutar contra as "forças do mal" representadas pela Rússia, China, Irã e outros. É precisamente por isso que os Estados Unidos têm de tomar tais medidas que podem ter consequências extremamente negativas para os próprios Estados Unidos", disse o especialista.

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Batyuk comentou que, em resposta ao fornecimento de armas letais americanas à Ucrânia, a Federação da Rússia pode alargar sua cooperação econômica e militar, por exemplo, a Cuba, inclusive com instalação lá de bases militares russas — na proximidade direta do território americano.

"Acho que pode também haver outras opções. De qualquer forma, os americanos estão entrando em um conflito que nada tem a ver com sua segurança nacional e seus interesses nacionais", disse Vladimir Batyuk.

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