Canadá prepara resposta à 'ameaça russa' no Ártico, diz mídia

A Marinha do Canadá pretende comprar fragatas britânicas “Tipo 26”, projetadas para combater submarinos, informa o jornal.
Sputnik

De acordo com o jornal Defense News, a construção desses navios no Reino Unido começou apenas no último verão, o que pode provocar um atraso nas entregas e um aumento do custo dos navios. Os autores do artigo acreditam que tais riscos se devem ao desejo de encontrar uma resposta à "ameaça russa" no Ártico o mais rápido possível.

"Para os canadenses, os armamentos antissubmarino são uma questão muito importante. Se você está preocupado com os submarinos russos e a ameaça aérea, então os navios Tipo 26 são a solução correta", afirma Bryan Clark, analista do Centro de Avaliação Estratégica e Orçamentária e comandante aposentado da Marinha dos Estados Unidos, citado pela edição.

2 fragatas lideram frota britânica nas manobras da OTAN no Ártico
De acordo com presidente da empresa Lockheed Martin Canadá, que irá fornecer os navios britânicos à Marinha canadense, nos últimos 15 anos as potências ocidentais investiram principalmente no desenvolvimento da defesa antiaérea, mas agora ficou claro que a ameaça provém principalmente dos submarinos.

No total, o Canadá pretende comprar 15 fragatas, que custarão ao governo $60 bilhões de dólares (cerca de 222 bilhões de reais).

Recentemente, a mídia informou que os países-membros da OTAN pretendem iniciar o desenvolvimento de sistemas marítimos não tripulados, projetados para combater a ameaça dos submarinos russos.

Senador: Rússia nunca permitirá domínio da OTAN no Ártico
Em outubro, o comandante do departamento de operações dos fuzileiros navais da Marinha holandesa, Jeff Mac Mootry, disse que os navios de guerra e aviões russos estavam tentando provocar os militares britânicos e holandeses em manobras no Ártico. De acordo com ele, os navios russos se tornaram muito mais modernos do que nas décadas passadas e os aviões voam muito próximo dos navios adversários. O general acredita que tais ações podem ser chamadas de "provocação".

Por seu lado, o vice-presidente do Comitê de Segurança e Defesa da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Yuri Shvytkin, em resposta a estas acusações, disse que Moscou atua no Ártico de acordo como todas as regras e que não permite ações provocativas contra navios de outros Estados.

"Esta é mais uma tentativa dos países da OTAN de dominarem no Ártico a fim de alcançarem seus objetivos", disse o deputado.

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