Presidente de Uganda revela como vê contribuição da Rússia para continente africano

O líder ugandense Yoweri Museveni comentou as relações entre o seu país e a Rússia e destaca o papel que Moscou poderia desempenhar em outras regiões da África.
Sputnik

Ao falar com jornalistas o presidente de Uganda afirmou primeiramente que o país africano está disposto a adquirir sistemas de defesa antiaérea russos.

"Já possuímos tais sistemas, mas precisamos de mais", declarou o líder africano, comentando a intenção da compra.

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A Rússia e Uganda estavam negociando a aquisição de seis caças russos Su-30MK2 e também a construção de um centro de manutenção de aviões e helicópteros produzidos na Rússia. Em 2012, Uganda finalmente adquiriu seis aviões de combate russos.

Ao mesmo tempo, o líder ugandense afirmou que, atualmente, Kampala está negociando com Moscou a construção de sua primeira usina nuclear.

"Necessitamos de uma usina nuclear. Temos energia elétrica do Nilo, mas não há muita, vai se esgotando."

Em junho de 2017, Uganda e a Rússia firmaram um memorando de entendimento sobre a cooperação na área de uso da energia nuclear para o setor civil.

Além disso, o presidente ugandense prestou atenção ao papel que a Rússia pode desempenhar na crise entre o governo e a oposição na República Centro-Africana (RCA).

"A Rússia não faz parte dos erros que ocorreram lá, é um elemento novo neste cenário, sua neutralidade lhe dá um recurso de confiança", sublinhou Museveni referindo-se à questão sobre se Moscou poderia mediar a crise da África Central.

Para o presidente ugandense, "a situação atual [na RCA] é o resultado dos erros cometidos por alguns atores internos e externos".

"Como uma nova força, a Rússia pode ser muito útil", acrescentou.

A situação na RCA entrou em uma espiral de violência em dezembro de 2013, quando na capital, Bangui, houve confrontos entre o grupo islâmico Seleka e a milícia cristã anti-Balaka.

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A ONU estima que o conflito já causou milhares de mortes e até um milhão de pessoas deslocadas.

No final de agosto passado, os grupos rivais realizaram uma reunião na capital sudanesa, onde concordaram em criar uma plataforma comum de consultas e ações para estabelecer uma paz sustentável no país.

Na declaração adotada em resultado das consultas, os grupos armados também pediram ao governo que promova o processo de reconciliação com o apoio da Rússia, da União Europeia e de organizações regionais e internacionais.

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