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Travesti é assassinada em SP aos gritos de 'Bolsonaro presidente'

Uma travesti foi assassinada no centro de São Paulo na madrugada de terça-feira (16) aos gritos de "Bolsonaro presidente". O crime ocorreu no Largo do Arouche, no centro de São Paulo.
Sputnik

"É bem comum discussão aqui nessa região. Sempre tem um vidro quebrando, garrafa. Não é a primeira vez que acontece. O problema é que dessa vez estava bem alto. Eu abri a janela e consegui ver que tinha umas quatro ou cinco pessoas discutindo na frente do bar", afirmou à Ponte Jornalismo uma testemunha que preferiu não se identificar.

Ainda de acordo com a testemunha, no meio da briga foi possível ouvir os gritos de "Bolsonaro presidente" e "com Bolsonaro presidente, a caça aos viados vai ser legalizada".

Até o momento, a vítima não identificada. 

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A vítima foi socorrida, levada à Santa Casa de Misericórdia, mas morreu no caminho. Até o momento, o corpo não foi reconhecido e o boletim de ocorrência foi registrado no 3º Distrito Policial, nos Campos Elíseos.

Este não é o primeiro crime de ódio com contornos eleitorais. No dia seguinte ao primeiro turno, em 8 outubro, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katende, foi morto com 12 facadas em Salvador. De acordo com testemunhas, o agressor, que já está preso, defendia Bolsonaro. 

Após o incidente, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que lamentava as agressões, mas não tinha o "controle" de seus seguidores. Posteriormente, o político do PSL afirmou que dispensava o voto de "de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim".

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