Analista: Ocidente e Israel não querem que Assad volte a controlar Síria

O presidente sírio, Bashar Assad, explicou a histeria do Ocidente em torno da situação em Idlib. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político, Mikhail Smolin, opinou que a Síria e os países ocidentais perseguem metas completamente diferentes em relação à província síria.
Sputnik

O líder sírio, Bashar Assad, acredita que o resultado da luta pela província de Idlib, que Damasco ainda não controla plenamente, tem um caráter de importância crucial para o Ocidente. De acordo com o presidente sírio, a vitória das forças governamentais na luta por Idlib destruirá os planos dos países ocidentais quanto à Síria. 

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Vale destacar que Bashar Assad expressou o posicionamento sírio no que diz respeito ao acordo da Rússia e Turquia sobre a zona desmilitarizada em Idlib. O acordo que permitiu prevenir o derramamento de sangue é temporário, pois "assim como as outras que permanecem sob o domínio dos terroristas, ela voltará a ser controlada pelo governo", declarou Assad, citado pela SANA.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Mikhail Smolin assinalou que a Síria e os países ocidentais perseguem metas diferentes. 

"O governo legítimo está libertando a Síria. Idlib é o momento-chave na recuperação do estadismo sírio. É natural que o presidente sírio apele ao povo e ao exército para que deem o último esforço, que, acho, será bastante complicado, para reunir o país, trazendo de volta a soberania", assinalou o especialista. 

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"Quanto ao Ocidente, a meta inicial era a deformação do estadismo sírio, derrota de Assad, divisão da Síria unificada em vários enclaves para serem controlados por diferentes partes. Mas do ponto de vista militar, a operação em Idlib será muito complicada, e seria imprudente dizer que será resolvida nos próximos dias", apontou.

De acordo com o analista, não só o Ocidente não quer que Assad consiga controle de todo o território sírio. 

"E nem Israel nem os países do golfo Pérsico, que também querem que o Estado sírio pare de existir, se interessam por isso", concluiu o especialista.

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